Conforme explica o Instituto IBDSocial, a escuta ativa é um dos pilares fundamentais para promover um atendimento em saúde mais humanizado, eficiente e centrado no paciente. Em tempos de rotinas aceleradas nas unidades públicas, parar para ouvir com atenção, empatia e respeito não é apenas um gesto de cuidado, é uma estratégia poderosa para transformar a relação entre usuários e profissionais.
A escuta ativa vai além de ouvir passivamente. Ela envolve interpretar o que é dito, acolher a fala do paciente sem julgamento, identificar sinais não verbais e demonstrar interesse genuíno por sua história, contexto e necessidades. Esse tipo de escuta fortalece o vínculo terapêutico e melhora significativamente a qualidade da assistência.
O que caracteriza a escuta ativa na prática da saúde?
Na prática, escutar ativamente significa criar um espaço seguro para que o paciente possa se expressar livremente, sabendo que será compreendido e respeitado. De acordo com o Instituto IBDSocial, essa abordagem fortalece o diálogo entre as partes e contribui para a construção de um plano de cuidado mais eficaz, individualizado e humanizado.

Durante o atendimento, a escuta ativa exige atenção plena do profissional, evitando interrupções, julgamentos apressados ou respostas automáticas. Também demanda empatia para compreender as emoções envolvidas e sensibilidade para captar as nuances que nem sempre são verbalizadas.
Ao aplicar essa prática, os profissionais conseguem identificar mais rapidamente sinais de sofrimento emocional, dificuldades de compreensão, barreiras de acesso ou outras situações que podem comprometer a adesão ao tratamento.
Benefícios da escuta ativa para o paciente e para o sistema de saúde
Os impactos da escuta ativa vão além da relação interpessoal. O Instituto IBDSocial frisa que pacientes que se sentem ouvidos com respeito e atenção tendem a confiar mais nos profissionais, seguir com mais rigor as orientações clínicas e retornar às consultas quando necessário.
Ademais, ao escutar com qualidade, evita-se a repetição desnecessária de procedimentos, minimizam-se erros de comunicação e ganham-se dados valiosos para a tomada de decisão clínica. Isso contribui para diagnósticos mais precisos e para um atendimento mais resolutivo.
Do ponto de vista institucional, a escuta ativa reduz conflitos, melhora o clima organizacional e aumenta a satisfação do usuário com o serviço público, fortalecendo a imagem e a credibilidade das unidades de saúde.
O papel da equipe e da gestão na valorização da escuta ativa
Incorporar a escuta ativa como prática constante exige que todos os níveis da equipe estejam comprometidos com esse valor. O Instituto IBDSocial comenta que o incentivo à comunicação empática deve começar na liderança e permear desde a recepção até os atendimentos especializados.
Capacitações específicas, rodas de conversa, supervisões clínicas e feedbacks contínuos são estratégias que ajudam a consolidar essa prática no cotidiano das unidades. É importante lembrar que a escuta ativa é uma competência que pode, e deve, ser desenvolvida continuamente.
Também é necessário tempo adequado de consulta, estrutura física apropriada e políticas institucionais que valorizem o cuidado integral, respeitando os limites e as necessidades tanto dos pacientes quanto dos profissionais.
Humanização, ética e eficiência integradas no cuidado
Ao contrário do que muitos pensam, investir em escuta ativa não compromete a produtividade dos serviços. Pelo contrário, o Instituto IBDSocial observa que profissionais que escutam melhor compreendem mais rapidamente as demandas dos pacientes e conseguem agir com maior precisão.
Essa escuta também é uma ferramenta ética, pois reconhece o outro em sua totalidade e rompe com modelos autoritários ou despersonalizados de atendimento. Quando há diálogo verdadeiro, a saúde deixa de ser um processo verticalizado e passa a ser uma construção conjunta entre paciente e equipe.
Um compromisso com o cuidado que respeita e transforma
A escuta ativa, quando incorporada como valor institucional, transforma a forma como o cuidado é oferecido. O Instituto IBDSocial analisa que essa prática, embora simples em sua essência, tem o poder de resgatar a dignidade, fortalecer vínculos e qualificar o atendimento em todos os níveis de atenção.
Em meio aos desafios da saúde pública, adotar a escuta ativa é reafirmar o compromisso com o cidadão como sujeito de direitos, capaz de participar ativamente das decisões sobre sua saúde. É, acima de tudo, uma escolha que promove respeito, empatia e cuidado integral.
Autor: Vasily Egorov