Apresentação acontece nesta sexta-feira (5) na Arena Opus em São José, na Grande Florianópolis. Ao g1, o guitarrista Vitor Isensse falou sobre carreira, ‘velhos’ e novos fãs e a relação da banda com a atualidade.
Quase nove anos e milhares de pedidos de fãs depois, acontece nesta sexta-feira (5) o comeback tão esperado da banda Forfun, ícone do rock nos anos 2000. Santa Catarina terá a primeira apresentação da turnê NÓS, que marca a retomada do grupo formado Danilo Cutrim (voz e guitarra), Vitor Isensee (teclados, guitarra e vocal de apoio), Nicolas Fassano (bateria) e Rodrigo Costa (baixo e vocal de apoio).
A apresentação acontece a partir das 21h na Arena Opus, em São José, na Grande Florianópolis (veja informações de endereço e ingressos no fim da reportagem). A turnê ainda prevê mais 12 apresentações em nove cidades até dezembro. Em Santa Catarina, o show desta sexta é o único previsto.
Na expectativa para o retorno, o g1 conversou com o guitarrista e vocal Vitor Isensee que falou sobre o sentimento de nostalgia, além de uma nova geração de fãs que se formaram mesmo após o fim da banda em 2015 e que vivem a sensação de ver um show do grupo pela primeira vez.
“Acho que agora é a estrada, o palco. A gente costuma dizer que é o ponto máximo do processo todo, onde realmente as coisas fazem sentido, quando você chega ali, tem a troca com o público. Uma mistura de frio na barriga com muita vontade de que comece logo”, diz.
Ansiedade para volta aos palcos
Desde o anúncio do retorno da banda carioca, Vitor Isensee conta que vive um processo de mergulhar no passado recordando momentos icônicos do grupo.
Ainda sem todos os recursos de tecnologia dos dias atuais, as lembranças do começo da banda trazem um sentimento ainda maior de nostalgia.
“Está sendo um processo de mergulhar mesmo assim na história. Na história coletiva e na história pessoal também. Fiquei mais de frente nessa parte de organizar material audiovisual, fotos, vídeos, é, e assim é um é um mergulho mesmo”.
A decisão de retomar a banda, anunciada em 2023, foi coletiva e Vitor diz que as reuniões, os ensaios, as entrevistas antes do primeiro show da turnê dão uma dimensão do que deve encarar no palco.
“Quando chego para tocar no estúdio e acredito que no palco isso vá ser potencializado. Passamos agora 3 semanas ensaiando direto, é um sentimento parecido de revisitar ali aquelas músicas e reaprender a tocá-las, se lembrar de coisas que você não lembrava”, completa.
Interação com o público durante o período sem Forfun
Desde apresentações históricas, a shows mais intimistas, a banda acumulou admiradores pelo estilo eclético que absorveu inspirações de outros gêneros nas letras e músicas.
A pausa em 2015 depois de 14 anos de estrada deixou uma legião de fãs, que mesmo longe dos palcos continuou acompanhando os integrantes da banda nas redes sociais e também em projetos pessoais e coletivos, como a banda Braza, que reuniu Vitor, Danilo e Nicolas.
“Acho que não teve ao longo desses 9 anos em que o Forfun ficou parado, não teve uma semana em que a gente não recebesse algum pedido de show, para voltar. É um projeto que, modéstia à parte, teve um impacto grande, uma geração aqui no Brasil, a gente sempre teve esse retorno: ‘o Forfun marcou a minha vida’, ‘Cresci junto com vocês’, ‘Ajudou a moldar a minha personalidade'”, lembra.
Vitor ressalta que os sucessos do grupo seguiram marcando não só quem curtia nos anos 2000, mas também novas gerações de crianças e adolescentes, fãs dos ideais do grupo, que surgiram após a paralisação em 2015.
“Muita gente que foi conhecer a banda depois de parada, que nunca tinham visto o show, vinha trazer esse feedback. Isso tanto em comentários de internet, quanto na rua. Ao longo de nove anos sempre teve uma pressão do público: ‘vocês têm que voltar'”.
Relação com Florianópolis
Inicialmente a capital de Santa Catarina não era o ponto de partida da turnê NÓS. Porém, readequações logísticas em outras cidades alçaram a apresentação no estado como a inicial.
Para a banda, Florianópolis traz uma vibe semelhante ao Rio de Janeiro, cidade onde o grupo surgiu. Vitor destaca as similaridades, que envolvem rotina à beira-mar, relação entre oceano e montanha, geografia e cultura jovem.
“Estava assistindo alguns arquivos antigos, fitas digitalizadas. Era uma de 2008, 2009, a primeira vez que a gente foi para Floripa, a gente chegando no aeroporto, filmando a praia. Estivemos várias vezes em Florianópolis e sem dúvida uma cidade que tem uma identificação tanto em termos de sonoridade, quanto em termos estéticos e culturais”.